Creditos: redação com Ed Rocha
Ao caminharmos por esta reflexão é necessário partir da Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, a Dei Verbum. Vejamos:
Ao caminharmos por esta reflexão é necessário partir da Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina, a Dei Verbum. Vejamos:
"Aprouve A Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua bondade (cf. EF 1,9), mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, tem acesso ao Espírito Santo no Pai e se tornam participantes da natureza divina (Ef 2,18; 2Pd 1,4). Em virtude desta revelação, Deus invisível (cf. Cl 1,15; 1Tm 1,17), no seu imenso amor fala aos homens como amigos (cf. Ex 33,11; Jo 15, 14-15) e conversa com eles (cf. Br 3,38), para os convidar e admitir a participarem da sua comunhão. Esta "economia" da revelação faz-se por meio de ações e palavras intimamente relacionadas entre si. (DV 2)"
Nesta citação da Dei Verbum vimos que o ponto de partida dos padres conciliares é o Verbo encarnado, plenitude da revelação, que ao se fazer humano assume a história para salvá-la, tornando-a lugar da salvação. Nisso compreendemos que a Dei Verbum ressalta a história como lugar da revelação, sendo revelação salvação, logo a história é lugar da salvação.
Nesse contexto entendemos que a Palavra de Deus é a interpretação da história da salvação, ou seja, do agir amoroso de Deus que vem ao encontro da humanidade através de um diálogo salvífico.
O grande teólogo Belga Edward Schillebeeckx ainda dentro desta perspectiva sobre a palavra de Deus afirmou que:
" a palavra de Deus é a encarnação da sua vontade salvadora, isto é, coincide com os acontecimentos naturais e históricos que o próprio Deus dirige e ordena em favor de seu povo".
Diante dessas afirmações vimos que a Revelação é uma revelação da palavra mas de uma palavra transmitida pelos acontecimentos na história, deixando muito claro que pela humanidade concreta de Jesus, ou seja, a pessoa de Cristo na totalidade de sua manifestação humana é a própria palavra de Deus, porém de uma forma humana e historicamente condicionada.
Como entender essa realidade?
Basta olhar para os atos e palavra de Jesus e entender que Ele é o modo de como a palavra de Deus se dirige ao homem, desta maneira, sendo sua palavra ato próprio de Deus pode penetrar o coração humano e operar efetivamente, mas isso não pode acontecer sem que aja a resposta do ser humano.
Nisso podemos enxergar a importância dos Evangelhos, que nada mais nada menos é, a palavra de Deus encarnada agindo na salvação da história, por isso, eles têm o primeiro lugar no testemunho do Cristo Salvador, estabelecendo-se portanto, a relação palavra acontecimento.
Paz e bem!
Ed Rocha
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Ed Rocha
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